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Um dia para mulheres e meninas na ciência; por quê?

Aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015, todos os anos, de lá para cá, o dia 11 de fevereiro é marcado como o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência”, idealizado em prol do acesso e da participação feminina plena e igualitária na ciência, da igualdade de gênero e do seu empoderamento. É uma iniciativa para fortalecer o comprometimento de todos com a igualdade de direitos entre homens e mulheres pelos sistemas educacionais e em todos os seus níveis, desde a pré-escola até a educação superior, em estruturas formais e não formais e, em todas as áreas de intervenção, desde a infraestrutura de planejamento até a formação de professores.

No dia 11, quinta-feira passada, fizemos uma postagem sobre esse dia em nas nossas redes sociais (instagram e facebook) e, acreditem, ainda ouvimos de conhecidos e desconhecidos uma indagação do “por que disso?”, como se tal atitude ou um dia específico para “mulheres e meninas na ciência” não fosse necessário…

Ora, por que será?

Segundo o Relatório de Ciências da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, publicado no dia 11 de fevereiro de 2021, em todo o mundo as mulheres ainda representam apenas 28% dos graduados em engenharia e 40% dos graduados em ciência da computação e informática. 

Já o relatório Gender in the Global Research Landscape, de 2017, cerca de 40% da força científica global era constituída por mulheres, mas apenas 5% das pessoas laureadas com o Prêmio Nobel são deste gênero, indicando a sub-representação feminina nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, não obstante inúmeras mulheres tenham estado à frente da luta pelo progresso científico, e são responsáveis por inovações, invenções e descobertas científicas.

A contribuição das mulheres à ciência é destacada pela ONU Mulheres como vital, que descobriram medicamentos, assinaram invenções que mudaram o mundo e produziram pesquisas de longo alcance, avanços minimizados ou negligenciados e, por muito tempo, as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, conhecidas como STEM, na sigla em inglês, foram marcadas por preconceitos de gênero que excluem mulheres e meninas.

Em mensagem sobre a data, António Guterres, secretário-geral da ONU, disse que “promover a igualdade de gênero no mundo científico e tecnológico é essencial para a construção de um futuro melhor” e que “mulheres e as meninas pertencem à ciência”, mas “os estereótipos” as afastaram de “campos relacionados com a ciência”. Disse, ainda, que “é hora de reconhecer que mais diversidade promove mais inovação” e que o aumento da participação das mulheres no mundo da ciência pode reduzir a disparidade salarial de gênero e aumentar os rendimentos das mulheres em US$ 299 bilhões nos próximos dez anos.

António Guterres, secretário-geral da ONU.

Inegavelmente, há uma tarefa árdua pela frente, especialmente considerando estarmos em período de pandemia… E esse foi o tema para 2021: “Mulheres cientistas na linha da frente da luta contra a covid-19”. Segundo a ONU, na luta contra a Covid-19, as mulheres representam 70% de todos os profissionais de saúde e estão entre as mais afetadas pela pandemia e entre os que lideram a resposta à pandemia. 

Infográfico da UnWomen.org. Link aqui.

A pandemia mostrou a excelência de pesquisadoras espalhadas pelo mundo — caso das cientistas que sequenciaram o genoma do coronavírus em 48 horas, por exemplo. Entretanto, embora a pandemia tenha demonstrado claramente o papel fundamental das mulheres pesquisadoras em diferentes estágios da luta contra a COVID-19, desde o avanço do conhecimento sobre o vírus até o desenvolvimento de técnicas de teste e, finalmente, da vacina contra o vírus, também prejudicou a carreira de muitas jovens pesquisadoras e ampliou ainda mais algumas disparidades de gênero na academia, que devem ser tratados por novas políticas, iniciativas e mecanismos para apoiar as mulheres e as meninas na ciência.

Por óbvio que novas políticas para apoiar mulheres e meninas são urgentes e, não só para a ciência. A pandemia afetou o mercado de trabalho feminino e aflige mulheres e meninas em diferentes formas de violência doméstica.

Se quiser ler mais sobre esses assuntos, indico os seguintes artigos:

Matéria da ONU Mulheres, publicada em 07/04/2020. Link aqui.
Matéria publicada 01/02/2021 na Folha Uol. Link aqui.
Matéria da ONU Mulheres publicada em 14/08/2018. Link aqui.

E se quiser ler mais sobre mulheres e seu protagonismo, indico essas outras referências:

Texto de  Carolina Cozer em 11/02/2021 na Whow. Link aqui.
Texto do Consumidor Moderno publicado em 21/01/2021. Link aqui.
Texto de  Carolina Cozer em 25/11/2020 na Whow. Link aqui.

É isso aí…

Bisous, Sil.

Bonjour Paris

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