Ter a oportunidade da andar na moda é incrível, não é mesmo?
Eu, particularmente, tenho meu próprio estilo, bem básico por sinal, mas, em alguns momentos, gosto de ousar com alguma peça da moda!!!
No mundo da moda, não querendo generalizar em hipótese alguma, sabemos que existem algumas confecções que exploram a mão de obra de profissionais, como, em sua grande maioria, costureiras e costureiros, que chegam a trabalhar até 16/18 horas por dia, por um salário irrisório, ou seja, trabalham por um teto (comunitário) e comida, em um ambiente sujo e sem qualquer estrutura.
Famílias compartilham o mesmo espaço, sem higiene alguma e a alimentação, é a mais simples possível.
Não estamos falando apenas de adultos não, estas famílias têm crianças que também compartilham este mesmo espaço e se alimentam desta forma tão precária, além de, muitas vezes, ajudarem no trabalho.
São pessoas que trabalham em condições análogas à escravidão.
Normalmente, os mais explorados são os imigrantes que saem de seus países de origem, em busca de melhores condições financeiras para o sustento de suas famílias e acabam se deparando com esta situação.
Alguns trabalhadores deste ramo chegam a ser até contrabandeados de seus países, sem saber o que lhes espera em seus destinos. Digo seus destinos porque a mão de obra escrava no mundo da moda não é apenas no Brasil, mas, acontece no mundo todo.
Segundo pesquisa (The Global Slavery Index 2018, da fundação Walk Free), a moda é o segundo setor de exportação que mais explora o trabalho forçado (estatística desenvolvida em parceria com a Organização Internacional do Trabalho – OIT e, a Organização Internacional de Migração – OIM), mas, mais uma vez, não devemos generalizar!!!
E então, como saberemos se nossos itens de moda foram ou não confeccionados por mão de obra escrava?
Bem, isto realmente não é fácil de se concluir, uma vez que vemos grandes marcas envolvidas nestes rumores de trabalho escravo e, algumas delas, com comprovação!
Mas devemos, de alguma forma e, na medida do possível, buscar informações sobre a marca que vamos adquirir os produtos, ver, através dos diversos meios que temos em nossas mãos, graças à tecnologia, se há indícios de envolvimento neste triste cenário.
Vamos valorizar qualquer que seja profissão do indivíduo, se todos nós evitarmos consumir tais produtos, com certeza, minimizaremos ou, até mesmo, consigamos extinguir o trabalho escravo, dando assim, oportunidade a todos de um trabalho digno e em condições dignas.
A Bonjour Paris entrou no mercado com alguns propósitos e, um deles é justamente isto, não explorar o outro.
As peças da BP são confeccionadas pelas próprias sócias e, eventualmente, com a ajuda de costureiros parceiros, por isso a confecção é apenas sob demanda.
Futuramente, com a ampliação da produção, claramente será levada em conta todas as questões aqui trazidas.
Vamos pensar em termos um bom dia para o amanhã.
Um bom dia para o amanhã não só para mim, não só para você, mas para todos!!
Vamos nos importar uns com os outros!!!
Um comentário em “Como saber se o que você compra provêm de trabalho escravo?”