Sabido, vivenciamos em um planeta que está em um ponto crítico, e algumas cidades já experimentam a gentrificação climática como adaptação às mudanças climáticas, o que é bastante triste porque, normalmente, a população menos abastada é que acaba sendo a mais afetada, já que áreas urbanas estão tendo que ser redefinidas em razão de eventos climáticos extremos.
O fim do excesso e a aplicação do conceito da economia circular além de representarem a redução do consumo de matéria-prima usada nas cadeias de suprimento, representam, também, redução de custos financeiros e, especialmente, a mudança de atitude na nossa forma de consumir tudo.
Sim, tá certo que essa mudança também surge como forma de adaptação às mudanças climáticas e, já que estamos falando de tantas mudanças que acabam impactando o bem-estar das pessoas, gerando incertezas políticas e econômicas, buscar viver melhor (já que a longevidade é uma tendência) deve ser o nosso novo movimento.
Parece patente que a forma como temos vivido já não nos serve mais. As pessoas se sentem exaustas, sempre sob pressão, sem tempo e ansiosas por tudo e por nada. E já que tudo indica que vamos viver mais (ou demais), um viver bem realmente precisa evoluir para um viver melhor…
Com longevidade, viver melhor é buscar uma forma de vida mais saudável para nos manter produtivos, ativos e dinâmicos, com estabilidade emocional para lidar com tantas mudanças (e bruscas). Os Millennials, por exemplo, estão buscando um estilo de vida mais simples.
Iza Dezon, sócia-fundadora da Dezon Consultoria Estratégica e representante da PeclersParis na América Latina, explica que o conceito do Viver Melhor foi uma resposta ao comportamento das pessoas perante uma cultura tóxica, que permeia a sociedade por muito tempo; diz, ainda, que é uma predisposição que está atrelada não só a uma mudança comportamental do consumidor, mas também a uma mudança mercadológica, onde as organizações precisarão se adaptar mais e mais a esse estilo de vida e provar que oferecem produtos e serviços que atendem, verdadeiramente, às novas necessidades.