Bonjour!!! Lendo o penúltimo post de nosso blog, que tratou dos ideais de uma marca aqui de Londrina/PR, é possível notar o aumento da preocupação das pessoas com a forma de usar e consumir. A Isabela Abila é um exemplo disso, que trouxe para a marca Linho & Co os seus valores e ideais de consumo.
Essa é uma das buscas das gerações Y e Z (Millennials e Gen Z’s) e isso tem influenciado as marcas. Os consumidores dessas gerações querem enxergar a si mesmos e aos outros nas marcas e empresas para que sejam capazes de desenvolverem identificação e confiança, segundo a consultora norte-americana Amelie Karam, especialista em Millennial Mindset.
“Eles querem enxergar a fundo o que as marcas têm para oferecer; quais são suas motivações e o que elas fazem para ajudar o mundo, a nação e as pequenas comunidades. Assim são capazes de ver não somente eles mesmos nas marcas, mas também a humanidade em si representada”, diz Amelie.
Para mim isso é incrível! E me sinto realmente maravilhada quando percebo que essa preocupação pode fazer com que cada marca atue de forma a impactar positivamente seu meio, desde o pequeno mundo ao seu redor, como, após, globalmente.
Essa demanda incitada pelos Millennials e Gen Z’s provocará mudanças na forma de consumir tudo, já que eles próprios querem ser parte ativa dessa mudança, cobrando atitudes mais responsáveis das marcas ou de seus governantes. Segundo Amelie, esse comportamento provocará a ressignificação da economia.
E ela está certa! Isso porque, os Millennials revolucionaram a forma com que bens e serviços passaram a ser comercializados, ficando indiferentes às estratégias tradicionais de marketing e decidindo o que comprar, o que comer e para onde ir com base em fotos do Instagram, recomendações de amigos ou reviews em fóruns online, enquanto que, conectada globalmente e consciente das questões sociais e ambientais, a Geração Z, por exemplo, valorizando a transparência, a autenticidade e a responsabilidade social, está usando o ativismo digital para mudar práticas empresariais e exigir um ambiente de negócios mais sustentável.
Uma pesquisa da DoSomething Strategic mostrou que mais de 75% dos jovens da Geração Z compraram ou considerariam comprar um produto de uma marca que apoia causas em comum. Eles também estão dispostos a boicotar marcas. Mais de 65% deixariam de comprar ou apoiar uma marca que não tivesse os mesmos valores, segundo a pesquisa. São causas como os impactos da pobreza e da fome, priorizando esses temas sobre a questão do desenvolvimento econômico. Outras causas relevantes incluem proteção do meio ambiente, direitos humanos, inclusão e igualdade.
Um excelente exemplo de “voz” da Geração Z é Greta Thunberg, jovem sueca ativista que aos 16 anos criou movimento estudantil mundial contra as mudanças climáticas e foi homenageada pela revista Time como a personalidade do ano de 2019. Greta fomentou uma rede mundial de jovens ativistas que, assim como ela, passaram a pedir por um mundo mais consciente. Segundo a Time, “Ela inspirou 4 milhões de pessoas a se unirem à greve climática global em 20 de setembro de 2019, no que foi a maior demonstração climática da história da humanidade”.
As características de cada geração impactam, em muito, a forma como as marcas se posicionarão no mercado e, ante ao enorme senso de responsabilidade social dos Millenials e dos Gens Z’s, assim como Amelie Karam, também espero boas coisas no futuro, tanto em termos de economia quanto de responsabilidade social e valores individuais. Mas confesso ter ânsia em ver nossos governantes afligidos por essas demandas para que se gere ainda mais impacto positivo nas pequenas comunidades e nas grandes metrópoles. Ok, entendo! Uma coisa de cada vez…
